EDUCAÇÃO CIENTÍFICA DE PROFESSORAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

Autores

Resumo

Este artigo focaliza o processo de educação científica de algumas professoras de Língua Portuguesa, matriculadas no Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras). A investigação se deu a partir da análise de dissertações de mestrado, apresentadas como trabalhos de conclusão de curso. O desenvolvimento da educação científica foi identificado por meio do estudo dos objetos de pesquisa e das autorrepresentações presentes nos trabalhos finais. Esta pesquisa está situada nos estudos dos letramentos, desenvolvidos no campo indisciplinar da Linguística Aplicada. Para a microanálise linguística, utilizamo-nos da Linguística Sistêmico-Funcional (LSF), focalizando estruturas gramaticais responsáveis pela metafunção experiencial da linguagem. O desenvolvimento da educação científica foi verificado pela percepção da reflexão sobre a prática profissional por parte das autoras das dissertações e pela demonstração de familiarização com teorias de referência. Percebemos ainda a influência do discurso acadêmico no processo formativo focalizado, induzindo as professoras a supervalorizarem as teorias linguísticas em detrimento dos desafios do ensino de Português como língua materna.

Biografia do Autor

Wagner Rodrigues Silva, Universidade Federal do Tocantins

Possui Licenciatura Plena em Letras (Língua Portuguesa e Inglesa) pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), mestrado, doutorado em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e pós-doutorado em Linguística Aplicada pela The Hong Kong Polytechnic University (PolyU) e pela Aswan University (Egito). Durante o curso de graduação, foi bolsista de Iniciação Científica (CNPq/PIBIC) por três anos. É professor Associado III da Universidade Federal do Tocantins - UFT, docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Letras: Ensino de Língua e Literatura (Mestrado e Doutorado Acadêmico, no Câmpus de Araguaína, e do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGLetras), no Câmpus de Porto Nacional. Foi docente do Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras), na Universidade Federal do Tocantins (UFT). Leciona disciplinas na área de linguagem na Licenciatura em Pedagogia, no Câmpus de Palmas. É bolsista de produtividade do CNPq (PQ 1D). É representante regional (Regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil) da comissão gestora da Associação de Linguística Sistêmico-Funcional da América Latina (2017-2020). Tem experiência na área de Linguística Aplicada, atuando principalmente nos Estudos do Letramento, compreendendo os seguintes conteúdos: ensino de gramática, gêneros textuais, alfabetização, material didático,currículo, práticas de escrita, práticas de leitura, formação de professores e educação científica. Coordenou o Programa de Pós-Graduação em Letras: Ensino de Língua e Literatura (Mestrado e Doutorado) durante quatro anos. Foi membro da Diretoria (2016-2017) e do Conselho Consultivo (2018-2019) da Associação de Linguística Aplicada do Brasil - ALAB. É membro da Associação Brasileira de Linguística Aplicada (ALAB), da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN) e do Grupo de Trabalho Formação de Educadores na Linguística Aplicada (ANPOLL).

Nayra Aires, Universidade Federal do Tocantins

É aluna da Licenciatura em Pedagogia, na Universidade Federal do Tocantins (UFT), Câmpus de Palmas. Atualmente, é bolsista de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sob a orientação do Prof. Dr. Wagner Rodrigues Silva (UFT/CNPq), e membro do grupo de pesquisa Práticas de Linguagens - PLES (UFT/CNPq), coordenado pelo docente mencionado. Atua na linha de pesquisa sobre linguagem e ensino, na interface da Linguística Aplicada e Educação.

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Publicado

2021-02-17

Edição

Seção

Dossiê temático