DO INFERNO VERDE À MARGEM DA HISTÓRIA: INTERLOCUÇÕES ENTRE ALBERTO RANGEL E EUCLIDES DA CUNHA

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Resumo

As representações da Amazônia foram construídas a partir das concepções de mundo dos estrangeiros, que projetaram sobre ela o seu imaginário. Por conseguinte, a região esteve suscetível historicamente a diversos preconceitos oriundos de preceitos civilizatórios externos a sua realidade. Séculos após a chegada dos primeiros europeus ao continente americano, essas concepções enviesadas sobre a Amazônia continuaram ecoando. É o que mostram algumas obras do início do século XX, dentre as quais são exemplos o livro de contos Inferno Verde, de Alberto Rangel, e o livro de crônicas-ensaísticas À margem da História, de Euclides da Cunha. Em ambos, nota-se juízos de valor análogos aos dos primeiros navegantes que aportaram na Amazônia. Propomos, então, neste estudo, uma análise em cotejo dos livros À margem da História e Inferno Verde, a fim de deslindar como o discurso ideológico se articula com um panorama discursivo geral.

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Publicado

2021-12-20

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Artigos Tema Livre