A MULHER CRUEL ATRAVESSA OS TEMPOS: MEDEIA, O FENÔMENO TRÁGICO E O CINEMA

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Resumo

Este artigo tem por objetivo investigar a ressonância do mito de Medeia, a partir da versão criada por Eurípedes (também grafado Eurípides; do grego antigo: Εὐριπίδης), em 431 AC, no cinema do século XX, que problematiza essa figura feminina enquanto paradigma de mulher cruel e passional. Nesse sentido, elaboramos um estudo sobre a produção cinematográfica Medea (1969), feita pelo diretor italiano Pier Paolo Pasolini, que propõe uma releitura da personagem, a qual, no longa-metragem, é interpretada pela cantora lírica Maria Callas. Assim, examinamos como se processa o fenômeno trágico na composição da protagonista e no desenvolvimento da trama. Como metodologia, realizamos uma análise comparativa da Medeia euripidiana e a personagem homônima de Pasolini, a partir de fundamentação teórica composta por Aristóteles et al. (2002), Junito de Souza Brandão (1984), Massimo Fusillo (1996), Albin Lesky (1990), Ulysses Maciel (2011) e Ryan-Scheutz (2007).

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Publicado

2021-04-12

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Artigos Tema Livre