Macroinvertebrados devonianos do estado de Tocantins: histórico de ocorrências e novos achados

Autores

  • Victor Rodrigues Ribeiro UNESP
  • Felipe Nascimento Sousa Universidade Estadual Paulista, UNESP, Bauru, SP
  • Geovane Augusto Gaia Universidade Estadual Paulista, UNESP, Bauru, SP
  • Fábio Augusto Carbonaro Universidade Estadual Paulista, UNESP, Bauru, SP
  • Sandro Marcelo Scheffler Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ
  • Renato Pirani Ghilardi Universidade Estadual Paulista, UNESP, Bauru, SP

Palavras-chave:

Devoniano Médio, Devoniano Médio, América do Sul, América do Sul, Bacia do Parnaíba, Bacia do Parnaíba, Fóssil, Fóssil, Formação Pimeiteira, Formação Pimeiteira

Resumo

O estado do Tocantins foi alvo de várias pesquisas paleontológicas no passado; no entanto, recentemente os fósseis do Devoniano foram pouco investigados. Este artigo amplia o conhecimento sobre o Devoniano no estado do Tocantins, apresentando uma revisão bibliográfica e agregando novas descobertas fossilíferas. Durante trabalhos de campo, braquiópodes (Australocoelia, Australospirifer, Derbyina, lingulídeos infaunais, Orbiculoidea, Tropidoleptus carinatus, Schuchertella), cnidários (Conularia quichua), crinoides (Exaesiodiscus dimerocrinosus, Laudonomphalus, Monstrocrinus), moluscos (Platyceras, Nuculites, Palaeoneilo, Sanguinolites) e restos de plantas (Spongiophyton lenticularis) foram encontrados em diferentes fácies sedimentares da Formação Pimenteira.

Referências

Assis, J. F. P. & Fernandes, A. C. S. (1980). A ocorrência de Bifungites Desio, 1940 na Formação Pimenteiras, Devoniano da Bacia do Maranhão. Anais Da Academia Brasileira de Ciência, 52, 335–338.

Barbosa, O., Ramos, J. R. A., Gomes, F. A., & Helmbold, R. (1966). Geologia Estratigráfica, Estrutural e Econômica da Área do Projeto Araguaia: Rio de Janeiro, Dept. Nac. Prod. Min., Div. GeoI. Miner., Monografia XIX.

Brito, I. M. (1977). Ocorrência de Bióglifos no Devoniano Inferior do município de Tocantínia, Goiás. Anais Da Academia Brasileira de Ciência, 49(3), 461–464.

Corrêa, L. M. S. A., Agostinho, S., Fernandes, A. C. S. & Vieira, P. M. (2004). Icnofósseis da Formação Pimenteira (Devoniano da Bacia do Parnaíba), município de Miranorte, Estado do Tocantins, Brasil. Arquivos Do Museu Nacional, 62(3), 283–291.

Fernandes, A. C. S. & Fonseca, V. M. M. (2005). A contribuição de Ignacio Aureliano Machado Brito à icnologia brasileira. Arquivos Do Museu Nacional, 63(3), 619–624.

Ferreira, C. S. & Fernandes, A. C. S. (1983). Notícias sobre alguns icnofósseis da Formação Pimenteira, Devoniano no Estado de Goiás. Anais Da Academia Brasileira de Ciência, 55(1), 140.

Gama Jr., J. M. (2008). Braquiópodes da Formação Pimenteiras (Devoniano Médio/Superior), na região sudoeste da Bacia do Parnaíba, município de Palmas, Estado do Tocantins, Brasil. Instituto de Geociências, Universidade Federal de Brasília. Dissertação de mestrado, 74 p.

Góes, A. M. O. & Feijó, F. J. (1994). Bacia de Parnaiba. Boletim de Geociências da Petrobras, 8(1), 57-68.

Grahn, Y., Melo, J. H. G. & Loboziak, S. (2006). Integrated Middle and Late Devonian miospore and chitinozoan zonation of the Parnaíba Basin, Brazil: An update. Revista Brasileira de Paleontologia, 9(3), 283–294. https://doi.org/10.4072/rbp.2006.3.03

Kegel, W. 1953. Contribuição para o estudo do Devoniano da Bacia do Parnaíba. Departamento Nacional da Produção Mineral, Divisão de Geologia e Mineralogia, 48 p. (Boletim 141).

Lima, E. A. M. & Leite, J. F. (1978). Projeto estudo global dos recursos minerais da Bacia Sedimentar do Parnaíba: integração geológico-metalogenética. Departamento Nacional de Produção Mineral, Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, Recife.

Loboziak, S., Caputo, M. V. & Melo, J. H. G. (2000). Middle Devonian-Tournaisian miospore biostratigraphy in the southwestern outcrop belt of the Parnaíba Basin, north-central Brazil. Revue de Micropaléontologie, 43(4), 301–318.

Melo, J. H. G. (1988). The Malvinokaffric Realm in the Devonian of Brazil. In N. J. McMillan, A. F. Embry & D. J. Glass (Eds.), Devonian of the World: Proceedings of the 2nd International Symposium on the Devonian System, Canadian Society of Petroleum Geologists (Vol. 1, pp. 669–703). https://doi.org/10.1016/j.jafrearsci.2019.103549

Portela, A. C. P., Marchetto, C. M. L., Santos, E. L., Meneguesso, G., Stein, J. H., Costa, L. A. M., Batista, M. B., Messmann, R. & Silva, W. G. (1976). Projeto leste do Tocantins/oeste do Rio São Francisco: relatório final. Departamento Nacional de Produção Mineral, Geologia, Prospecções e Aerofotogrametria.

Queiroz, J. P., Gama Jr, J. M. & Pires, E. F. (2013). Ocorrência de braquiópodes fósseis no entorno do Rio Balsas, município de Santa Teresa, Estado do Tocantins, em estratos da Formação Pimenteira, Devoniano da bacia do Parnaíba. Brazilian Geographical Journal, 4(1), 191–212.

Ramos, J. R. A. & Barbosa, R. A. (1967). Geologia e petrografia de Porto Nacional a Miracema do Norte, Rio Tocantins. Atas Do Simpósio Sobre a Biota Amazônica, 1, 387–400.

Ramos, J. R. A. (1967). Estratigrafia da região Xingu-Tocantinia. Atas Do Simpósio Sobre a Biota Amazônica, 1, 373–386.

Santos, M. E. C. M. & Carvalho, M. S. S. (2004). Paleontologia das Bacias do Parnaíba, Grajaú e São Luís. In Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil.

Scheffler, S. M. (2010). Crinóides e Blastóides do Devoniano Brasileiro. Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tese de doutorado, 343 p.

Scheffler, S. M., Dias-Da-Silva, S., Júnior, J. M. G., Da Fonseca, V. M. M. & Fernandes, A. C. S. (2011). Middle Devonian Crinoids from the Parnaiba Basin (Pimenteira Formation, Tocantins State, Brazil). Journal of Paleontology, 85(6), 1188–1198. https://doi.org/10.1666/10-142.1

Silva, K. R. & Candeiro, C. R. A. (2013). Primer Registro de Braquiópodos en el Devónico de la Formación Pimenteiras (Cuenca del Parnaíba) en la Región de Palmas, Provincia de Tocantins, Brasil. Biota Amazônia, 3(2), 74–78. https://doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v3n2p74-78

Small, H. L. (1914). Geologia e supprimento de agua subterranea no Piauhy e parte do Ceará. Rio de Janeiro: Inspectoria de Obras Contra as Seccas, 168p.

Trindade, V. S. F. & Carvalho, M. de A. (2018). Paleoenvironment reconstruction of Parnaíba Basin (north, Brazil) using indicator species analysis (IndVal) of Devonian microphytoplankton. Marine Micropaleontology, 140(January), 69–80. https://doi.org/10.1016/j.marmicro.2018.02.003

Trindade, V. S. F., Carvalho, M. de A. & Borghi, L. (2015). Palynofacies patterns of the Devonian of the Parnaíba Basin, Brazil: Paleoenvironmental implications. Journal of South American Earth Sciences, 62, 164–175. https://doi.org/10.1016/j.jsames.2015.06.001

Vaz, P. T., Rezende, N. G. A. M., Wanderley Filho, J. R. & Travassos, W. A. S. (2007). Bacia do parnaíba. Boletim de Geociencias Da Petrobras, 15(2), 253–263.

Downloads

Publicado

2021-12-24

Como Citar

RODRIGUES RIBEIRO, V. R.; SOUSA, F. N.; GAIA, G. A.; CARBONARO, F. A.; SCHEFFLER, S. M.; GHILARDI , R. P. Macroinvertebrados devonianos do estado de Tocantins: histórico de ocorrências e novos achados. Terr@ Plural, [S. l.], v. 15, p. 1–16, 2021. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/18016. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático Palaios 20 anos – Paleontologia Estratigráfica