Pensando emoções a partir de uma perspectiva interseccional: as geografias emocionais das campanhas eleitorais equatorianas. Doi: 10.5212/Rlagg.v.3.i2.003015

Autores

  • Carolin Schurr University of Bern

Palavras-chave:

geografias emocionais, política, interseccionalidade, pós-colonialismo, identidade, Equador

Resumo

Observando a campanha eleitoral no Equador em 2009, este artigo defende que as emoções são um ingrediente fundamental em qualquer tipo de campanha política. É difícil imaginar comícios públicos, sem gritos, multidão cantando e batendo palmas, os que expressam entusiasmo, simpatia, ou raiva. Sugiro que essas emoções resultam de, e ao mesmo tempo respondem, a desigualdades generificadas, racializadas e agrupadas dentro da sociedade pós-colonial do Equador. Sentimentos de injustiça, raiva, vergonha, orgulho e, assim por diante estão enraizados na hierarquia de identidades em uma ordem social (pós) colonial. Apesar de tradicionalmente homens branco mestiços estarem dominado o cenário político, desde a década de 1990, mulheres, populações indígenas e afros equatorianas ganharam visibilidade política através da introdução de uma lei de cotas de gênero e da fundação de partidos indígenas. Este trabalho pretende analisar as emoções desses 'novos' indivíduos políticos colocados em exposição, com foco em como suas performances emocionais respondem e desafiam os sistemas interseccionais de opressão, tais como racismo, classismo e heteronormativismo. Ao fazer isso, o trabalho contribui para uma alternativa, o engajamento não universalizado com as geografias da emoção que incorporam as noções de raça, poder e gênero.


Biografia do Autor

Carolin Schurr, University of Bern

Department of Geography

Interdisciplinary Centre for Gender Studies (IZFG)
University of Bern

 

Area de trabajo: feminist political geographies, postcolonial geographies, Latin American Studies

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Publicado

2012-06-14

Edição

Seção

Artigos / Articles/ Artículos