Ecos do populismo do leste europeu em colônia de imigrante. Doi: http://dx.doi.org/10.5212/Rev.Hist.Reg.v.16i1.009036

Autores

  • Maria Luiza Andreazza UFPR

Palavras-chave:

imigração, ucranianos, Prosvita, populismo

Resumo

Contrariando a tendência historiográfica de associar consciência política aos imigrantes fixados nas cidades e consciência étnica aos radicados no meio rural, o presente estudo busca destacar os efeitos das campanhas de emancipação dos populistas do leste europeu nas ações de pioneiros em colônias rurais brasileiras. Para tanto, reconstrói as relações de um grupo de imigrantes ucranianos estabelecido no Brasil com o pároco que os assistiu entre 1911 e 1950. Homem autoritário, João Michalkzuck valeu-se de inúmeros recursos, em particular da ascendência espiritual, para assenhorear-se da localidade, e suas investidas, por largo tempo, encontraram ampla resistência. Boa parte dos pioneiros estava imbuída do espírito Prosvita que animava o nacionalismo galiciano e, por isso, combatia o domínio do clero tradicional sobre o campesinato. Contudo, o peso de uma memória social sacralizada, a distância das lideranças Prosvita e a pífia presença do Estado brasileiro para garantir mínimos direitos aos integrantes dessa comunidade permitiram que os desmandos e abusos do padre João se desdobrassem por quatro décadas.

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Publicado

2011-08-04

Como Citar

ANDREAZZA, M. L. Ecos do populismo do leste europeu em colônia de imigrante. Doi: http://dx.doi.org/10.5212/Rev.Hist.Reg.v.16i1.009036. Revista de História Regional, [S. l.], v. 16, n. 1, 2011. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/2430. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos