E NO ENTANTO É PRECISO CANTAR: CARLOS LYRA E O COMPROMISSO COM A CANÇÃO

Autores

  • Miliandre Garcia de Souza Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

música, engajamento, indústria fonográfica, Bossa Nova

Resumo

Na primeira metade da década de 1960 tradição e modernidade, engajamento e indústria fonográfica, qualida- d e artística e sucesso, não eram fatores e condições excludentes para os músicos da vertente nacionalista da Bossa Nova. Nesse contexto de produção artístico-cultural que se esboçava, encontrar uma fórmula para atuar criticamente dentro de uma estrutura de mercado tornou-se um dos principais dilemas da intelectualidade engajada às causas nacionalistas da época. Com essas preocupações, cada indivíduo ou grupo tentou encontrar uma solução coerente para esse problema: como se manter engajado e participante, tendo em vista a indústria cultural acenando com oportunidades de reconhecimento profissional e retorno financeiro? Na área da música, as respostas para essa questão dependeram da trajetória e da personalidade de cada intérprete, compositor ou produtor musical. Carlos Lyra, então,por sua atuação em várias frentes (CPC da UNE, Teatro de Arena, Cinema Novo, entre outros) e por sua produção a r t í s t i c a , foi um dos primeiros músicos a explicitar a preocupação com o engajamento da Bossa Nova. Assim, como se deu as contradições e ambigüidades desse contexto sóciohistórico e, conseqüentemente, a participação do compositor no cenário político e cultural, é um dos principais objetivos deste artigo.

Biografia do Autor

Miliandre Garcia de Souza, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutoranda em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Downloads

Publicado

2007-09-28

Como Citar

SOUZA, M. G. de. E NO ENTANTO É PRECISO CANTAR: CARLOS LYRA E O COMPROMISSO COM A CANÇÃO. Revista de História Regional, [S. l.], v. 8, n. 2, 2007. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/2178. Acesso em: 26 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos