“Miguel Archanjo da Cunha já não existe”: O associativismo da Sociedade Beneficente Floresta Aurora e as vicissitudes biográficas de um barbeiro negro, liberal e católico

Autores

  • Paulo Staudt Moreira Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Palavras-chave:

Escravidão, associativismo, trajetórias

Resumo

A Sociedade Beneficente Floresta Aurora foi fundada em Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, no ano de 1872, portanto dezesseis anos antes da abolição definitiva da escravidão no Brasil. Ela visava reunir músicos negros em atividades lúdicas, momentos políticos e religiosos e ações de caráter mutualista. Trata-se da primeira associação não-religiosa que congregou indivíduos negros na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul. As trajetórias de seus fundadores e membros – mesmo que ainda superficialmente conhecidas - representam vidas individuais e familiares marcadas pela escravidão (pessoal ou de familiares e/ou parentes) e pelo investimento em agências sociais que demarcassem a vida em liberdade. Nesse sentido, tratar das agências sociais dos indivíduos negros que fundaram e mantiveram essa sociedade em seus primeiros anos, pode nos auxiliar no entendimento dos embates cotidianos que então se sucediam sobre os significados e as representações do que seria a liberdade e, intimamente entrelaçada com ela, a cidadania, em seus mais variados aspectos.

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Publicado

2019-11-25

Como Citar

MOREIRA, P. S. “Miguel Archanjo da Cunha já não existe”: O associativismo da Sociedade Beneficente Floresta Aurora e as vicissitudes biográficas de um barbeiro negro, liberal e católico. Revista de História Regional, [S. l.], v. 24, n. 2, 2019. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/14318. Acesso em: 19 abr. 2024.