Anotações sobre o conceito de campo e os estudos em políticas educacionais

Autores

  • Fernando Cesar Sossai Universidade da Região de Joinville

Resumo

Resumo: O conceito de campo é assunto de recorrentes discussões entre os pesquisadores de políticas educacionais. Engrossando as fileiras desse debate, este texto consiste num ensaio que problematiza as diferentes acepções desse conceito em estudos educacionais de natureza diversa (teses, artigos, etc.). O escrito encontra-se estruturado em quatro partes. Na primeira, efetuamos uma análise sobre a historicidade do termo campo. Em seguida, procedemos ao exame de escritos de Pierre Bourdieu com a intenção de melhor compreender dois conceitos que consideramos capitais aos estudos de políticas educacionais (“campo intelectual” e “campo científico”). Na terceira, perscrutamos o conceito de campo expressado em publicações cujo foco é como e por que os estudos em políticas educacionais formam um “campo de alguma coisa” (de conhecimento, de estudos...). Nesse fazer, interrogamos os sentidos de campo registrados num conjunto de 34 textos coletados na Biblioteca Temática da ReLePe. No quarto item, finalizamos o artigo oferecendo algumas considerações aos estudiosos que futuramente desejarem utilizar o vocábulo campo nas suas investigações em políticas educacionais.

 

Palavras-chave: Campo. Política educacional. Educação.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Antilla, A. (2000) Greek and Indo-European etymology in action: proto-Indo-European aǵ-. Amsterdam/Philadelphia. John Benjamins Publishing Company.

Bailly, A. (2000). Le grand Bailly: Dictionnaire Grec Français. Edição revisada por L. Séchan e P. Chantraine. Paris: Hachette.

Bárcena, P. M. (2016). Etimología de campo. Disponible en: <http://etimologias.dechile.net/?campo>. Acesado: 10 mar. 2016.

Beekes, R. (2010). Etymological dictionary of Greek. Volume I. Leiden/Boston: Brill.

Bina, T. (2008). Os Fana no contexto Galo-Romano. Programa de Pós-Graduação em Arqueologia (Mestrado). Dissertação. 335f. Universidade de São Paulo-USP. São Paulo.

Bourdieu, P. (1967). “Campo intelectual y campo creador”. En: Pouillon, J. et. alli. Problemas de estructuralismo. México: Siglo XXI. pp. 105-145.

Bourdieu, P. (1983). “Alta costura e alta cultura” [comunicação feita em Noroit (Arras), nov. 1974, publicada em Noroit, n. 192]. En: Bourdieu, P. Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero. pp. 1-9.

Bourdieu, P. (1996). As Regras da Arte: gênese e estrutura do campo literário. São Paulo: Companhia das Letras.

Bourdieu, P. (2002). “Campo intelectual y campo creador”. En: Bourdieu, P. Campo de poder, campo intelectual: itinerario de un concepto. Buenos Aires: Editorial Montressor. pp. 9-50.

Bourdieu, P. (2000). “El campo científico”. En: Bourdieu, P. Los usos sociales de la ciencia. Buenos Aires: Ediciones Nueva Visión. pp. 11-27.

Bourdieu, P. (2008). Homo academicus. Buenos Aires: Siglo XXI.

Bourdieu, P. (2005) “¿Qué es hacer hablar a un autor? A propósito de Michel Foucault”. En: Bourdieu, P. Capital cultural, escuela y espacio social. 6 ed. Buenos Aires: Siglo XXI. pp. 11-20.

Bourdieu, P. (2007). O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

Breve Nota Editorial. (2002). En: Bourdieu, P. Campo de poder, campo intelectual: itinerario de un concepto. Buenos Aires: Editorial Montressor. pp. 5-6.

Buck, C. D. (1971). A dictionary of selected synonyms in the principal Indo–European languages: a contribution to the history of ideas. 3 reimp. Chicago-London: The University of Chicago Press.

Carlan, C. U. (2008). “As invasões Germânicas e o Império Romano: conflitos e identidades no Baixo Império”. História: questões & debates, n. 48/49, pp. 137-146.

Carvalho, A. C. S. (2013). “O conceito de analogia sob a ótica de Marco Terêncio Varrão”. Estudos Linguísticos, v. 3, n. 42, pp. 1244-1253.

Catani, A. M. (2011). “As possibilidades analíticas da noção de campo social”. Educação e Sociedade. Campinas, v. 32, n. 114, pp. 189-202.

Catani, A. M. (2007). “Compreendendo os fundamentos ocultos da dominação”. Revista Educação, n. 5, pp. 74-83.

Catani, A. M. (2004). “Pierre Bourdieu: um estudo da noção de campo e de suas apropriações brasileiras nas produções educacionais”. En: Actas dos ateliers do V Congresso Português de Sociologia. Braga, Portugal. pp. 1-9.

César, C. J. (100 a.C. – 44 a.C.). (1986). La guerra de las Gálias. Barcelona: ORBIS.

Corominas, J.; Pascual, J. A. (1991). Diccionario crítico etimológico castellano e hispánico: volumen I. Madrid: Editorial Gredos.

Coromines, J. (1992). Diccionari Etimològic i complementari de la llengua catalana: volum II. Barcelona: Curial Edicions Catalanes.

Durand, R. (1986). Dictionnaire Latin Français. 41 édition. Paris: Hachette.

Febvre, L. (1989). Combates pela história. Lisboa: Presença.

Frota, W. N.; Passiani, E. (2009). “Entre caminhos e fronteiras: a gênese do conceito de ‘campo literário’ em Pierre Bourdieu e sua recepção no Brasil”. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, n. 34, pp. 11-41.

Gargallo, J. E. (2013). Etimología: campo. Programa “Para todos la 2”, em 23 de maio de 2013. Disponible en: <http://www.rtve.es/alacarta/videos/para-todos-la-2/para-todos-2-etimologia-campo/1833549/>. Acesado: 12 feb. 2016.

Larousse. (2009). Le Lexis: le Dictionnaire érudit de la langue française. Paris: Larousse Editeur.

Lispector, C. (2008). “Brincar de Pensar”. En: Lispector, C. A descoberta do mundo. 3 ed. Rio de Janeiro: Rocco. pp. 4-5.

Martín, A. Weissmann, W. (1997). Diccionario Español-Portugués. 5 ed. Barcelona: Editorial Juventud.

Momigliano, A. (1991). Os limites da helenização. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

Munguía, S. S. (2001). Nuevo diccionario etimológico Latín-Español y de las voces derivadas. Bilbao: Universidad de Deusto.

Paoli, U. E. (2000). Urbs: la vida en la Roma Antigua. Barcelona: Iberia.

Patón, V. M. (2011). “Etimología (II): campos y estadios”. Cuadernos de fútbol, n. 20, s.p.

Pianigiani, O. (2008). “Càmpo”. En: Bonomi, F. (edit.). Vocabolario Etimologico della Lingua Italiana di Ottorino Pianigiani. Versione online, 2008. Disponible en: <http://www.etimo.it/?term=campo>. Acesado: 10 mar. 2016.

Portella, O. (1984). “Vocabulário etimológico básico do acadêmico de Letras”. Letras, n. 33, pp. 103-119.

Real Academia de da Lengua Española. (2004). Diccionario de la lengua española: vigésima segunda edición – 2001 (Tomo I). 2 reimp. Madrid: Editoral Espasa Calpes.

ReLePe. (2015). Biblioteca Temática. Red de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política Educativa. Disponible en: <http://www.relepe.org/index.php/biblioteca-tematica>. Acesado: 28 dec. 2015.

ReLePe. (2016). Inicio: Red de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política Educativa. Disponible en: <http://www.relepe.org>. Acesado: 10 jan. 2016.

Romizi, R. (2007). Greco antico: vocabolario Grego Italiano etimologico e ragionato. 3 ed. Bologna: Zanichelli Editore.

Stremel, S. (2016). A constituição do campo acadêmico da política educacional no Brasil. Programa de Pós-Graduação em Educação (Doutorado). Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG. Tese. 315 f. Ponta Grossa.

Valenza, G. M. (2010). De Lingva Latina, de Marco Terêncio Varrão: Tradução dos Livros VIII, IX e X. Programa de Pós-graduação em Letras (Estudos Linguísticos). Universidade Federal do Paraná-UFPR. Dissertação. 167f. Curitiba.

Terentivs Varro, M. (116 a.C. – 27 a.C.). De Lingva Latina: Liber V. Disponible en: <http://www.thelatinlibrary.com/varro.html>. Acesado: 10 mar. 2016.

Varandas, J. C. (2004). “A Guerra das Gálias”. Boletim de Estudos Clássicos, n. 42, pp. 239-245.

Wroblewski, E. (2006). “Noções básicas e primeiros passos: os Celtas”. Revista Vernáculo, n. 17/18, pp. 138-158.

Downloads

Publicado

2017-08-14

Como Citar

SOSSAI, F. C. Anotações sobre o conceito de campo e os estudos em políticas educacionais. Revista de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política Educativa, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 294–333, 2017. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/retepe/article/view/10463. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artículos