AVALIAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO PLUVIAL PARASITÁRIA NO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO AFLUENTE À ETE GUAXINIM, DOURADOS/MS

Autores

  • Vinicius de Oliveira Ribeiro Laboratório de Modelagem Computacional em Saneamento e Geotecnologias - LASANGE Univ. Estadual e Mato Grosso do Sul-UEMS
  • Mirian da Silva Peixoto Univ. Estadual e Mato Grosso do Sul-UEMS

Resumo

No Brasil, como previsto em normas técnicas, os sistemas de coleta e transporte de esgotamento sanitário são dimensionados pelo conceito de sistema separador absoluto. Contudo, muitos estudos comprovam que há contribuição de águas pluviais parasitárias nos sistemas, levando os coletores a funcionar como sistema separador parcial. A rede coletora no município de Dourados foi dimensionada usando o sistema separador absoluto, mas em dias de eventos pluviométricos, ocorrem incrementos na vazão afluente à Estação de Tratamento de Esgoto - ETE Guaxinim. Esta estação trata 40% dos esgotos da cidade de Dourados/MS, possuindo capacidade nominal de 120 L/s. Utilizando dados de vazão horária afluente à ETE e precipitação mensal do ano de 2016, foi possível quantificar o percentual de incremento à vazão média em relação ao período seco. Os resultados mostraram que existe uma forte correlação entre a o aumento da vazão média de esgoto sanitário e a pluviosidade quando comparado aos períodos secos, em cerca de 11%. Na análise da vazão em um dia de domingo seco (sem chuva) em relação a outro com chuva, esse percentual de incremento atingiu cerca de 39%, o que pode evidenciar uma grande influência da contribuição de águas pluviais parasitárias no sistema de esgotamento sanitário avaliado.

Biografia do Autor

Vinicius de Oliveira Ribeiro, Laboratório de Modelagem Computacional em Saneamento e Geotecnologias - LASANGE Univ. Estadual e Mato Grosso do Sul-UEMS

Prof. Adj. e Pesquisador UEMS, Coordenador LASANGE/UEMS, Dr. em Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos/PGTA/UFMS

Mirian da Silva Peixoto, Univ. Estadual e Mato Grosso do Sul-UEMS

Engenheira Ambiental pela UEMS

Referências

ARAÚJO, R. O Esgoto Sanitário. In: NUVOLARI, A. (coord.). Esgoto Sanitário, Coleta Transporte, Tratamento e Reúso Agrícola. São Paulo: FATEC-SP CEETEPS, 2003, 520p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12207: Projeto de interceptores de esgoto sanitários. Rio de Janeiro, 1992, 3p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12209: Elaboração de projetos hidráulico-sanitários de estações de tratamento de esgotos sanitários. Rio de Janeiro, 2011, 53p.

GAUSSEN, H.; BAGNOULS, F. Estação seca e índice xerotérmico. Tradução de Ruth Simões Bezerra dos Santos. Boletim Geográfico, ano XX, n. 169, 1962.

DPI. Departamento de Informática. Universidade Federal de Viçosa. Capítulo 9 – Regressão linear e correlação. Disponível em http://www.dpi.ufv.br/~peternelli/inf162.www.16032004/materiais/CAPITULO9.pdf. Acesso em 03/06/2017.

EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Guia Clima. Dourados, 2017. Diponível em http://www.cpao.embrapa.br/clima/?lc=site/banco-dados/base_dados. Acesso em 14/05/2017.

FIETZ, C. R.; FISCH, G. F. O clima da região de Dourados, MS. 2 ed. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste. Embrapa (MS), Documentos 92, Abril de 2008. Disponível em https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/37989/1/DOC200892.pdf. Acesso em 24/05/ 2017.

GOOGLE EARTH PRO. Localização ETE Guaxinim. Disponível em <http://earth.google.com/intl/ptBR/guaxinim>. Acesso em 8/06/2017.

GREGORY, S. The definition of wet and dry periods for discrete regional units. In: Weather, 34, 1979.

GROEN. Diagnóstico Técnico Participativo. Groen Engenharia e Meio Ambiente Ltda. Plano Municipal de Saneamento Básico. Dourados, 2017. Disponível em http://www.dourados.ms.gov.br/wpcontent/uploads/2017/04/DiagnosticoTecnicoParticipativo.pdf. Acesso em 10/05/2017.

IBGE. Cidades. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=500370. Acesso em 03/06/2017.

IBGE. Geociencias: downloads. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/malhas_territoriais/malhas_municipais/municipio_2015. Acesso em 03/06/2017.

MARCOS, M. Consumo diário de água em Dourados é de 165 litros por pessoas. O Progresso, Dourados, 03, maio. 2015.

METCALF & EDDY. Wastewater Engineering: Wastewater engineering – treatment, disposal and reuse. 3rd ed. New York, McGraw-Hill, 1991, 1334 p.

SANESUL. Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul. Esgoto. Sanesul, 2017. Disponível em http://www.sanesul.ms.gov.br/tratamento-de-esgoto. Acesso em 20/05/2017.

TSUTIYA, M.T.; BUENO, R.C.R. Contribuição de Águas Pluviais em Sistemas de Esgoto Sanitário no Estado de São Paulo. In: 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. ABES, anais, Campo Grande, 2005.

TSUTIYA, M.T.; BUENO, R.C.R.; CINTRA, E.M.; REAMI, L. Contribuição de Águas Pluviais em Sistemas de Esgotos Sanitários. Estudo de Caso da Cidade de Franca, Estado de São Paulo. In: 22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Joinville, Santa Cataria. Setembro, 2003.

Downloads

Publicado

2018-11-30

Edição

Seção

Artigos