Relação de forças entre as orientações da Unesco e as demandas estudantis na Lei nº 13.415/2017

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DOI:

https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.17.19945.028

Resumo

A partir de pesquisa mais ampla e tendo como aporte teórico o materialismo histórico e dialético, este texto tem por objetivo desvelar a relação de forças entre a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e o movimento estudantil secundarista brasileiro, aqui representado pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), na materialização da Lei No 13.415/2017 – Reforma do Ensino Médio. Para tanto, são analisados documentos produzidos pela Unesco, normativas, notas e demais textos produzidos pela Ubes e entrevistas semiestruturadas realizadas com seis estudantes que ocupavam cargos de diretoria da entidade no período entre 2018 e 2020. As análises são norteadas pelas categorias de hegemonia e de relação de forças extraídas do pensamento de Antonio Gramsci. Ao final, conclui-se que as orientações da Unesco e as demandas do movimento estudantil são antagônicas, visto que, de um lado, há a defesa dos interesses capitalistas; e, de outro, há a preocupação com a formação mais ampla voltada para a práxis social. Na materialização da proposta do novo Ensino Médio, houve prejuízo às demandas estudantis e supremacia de interesses burgueses defendidos pela agência internacional.

Palavras-chave: Relação de forças. Hegemonia. Unesco. Movimento estudantil. Lei Nº 13.415/2017.

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Biografia do Autor

Aldimara Catarina Brito Delabona Boutin, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

Simone de Fátima Flach, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutora em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Docente da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

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Publicado

2022-02-17

Como Citar

BOUTIN, . A. C. B. D.; FLACH, S. de F. Relação de forças entre as orientações da Unesco e as demandas estudantis na Lei nº 13.415/2017 . Práxis Educativa, [S. l.], v. 17, p. 1–19, 2022. DOI: 10.5212/PraxEduc.v.17.19945.028. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/19945. Acesso em: 28 mar. 2024.