Discursos antigênero e políticas curriculares cearenses: entre tensões e resistências

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.16.15363.054

Resumo

Este artigo aborda os discursos antigênero nos planos educacionais cearenses e como atravessam os currículos escolares. Examinamos a legislação educacional dos dez maiores municípios do Estado do Ceará e encontramos, nas cidades de Fortaleza, Sobral, Juazeiro do Norte, Crato e Quixadá, projetos legislativos que mencionavam o slogan “ideologia de gênero”. Até o presente momento, apenas os municípios de Juazeiro do Norte e Crato proíbem, na legislação educacional, quaisquer menções a gênero e sexualidade, sob a premissa de serem ideológicos. Apresentamos, também, os modos pelos quais a política curricular estadual, por meio do Documento Curricular Referencial do Ceará, faz resistência às investidas conservadoras, tentando promover uma educação plural, justa e diversa, que dialogue com as necessidades dos movimentos sociais das minorias de direito.

Palavras-chave: Currículos cearenses. Gênero e sexualidade. Ideologia de gênero.

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Biografia do Autor

Wenderson Silva Oliveira, Universidade Estadual do Ceará

Doutorando em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

Carlos Ian Bezerra de Melo, Universidade Estadual do Ceará

Licenciado em Matemática pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) e Mestrando em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual do Ceará (PPGE/UECE). Pesquisa Identidade Docente e Formação de Professores, com ênfase na formação inicial do professor de Matemática. Desenvolve atividades relacionadas à Educação Matemática junto ao Grupo de Estudos em Educação Matemática da FECLESC (GEEM/FECLESC) e faz parte dos grupos Educação, Cultura Escolar e Sociedade (EDUCAS) e Formação de Professores, Fundamentos Educativos e Práticas Docente (FORPRO), certificados pelo CNPq. Tem afinidade pelos temas: formação e desenvolvimento profissional em Educação, com ênfase na área de Matemática; identidade docente; Educação Matemática; currículo e ensino. Além disso, é canceriano de sol e lua e aventura-se, ainda, como cantor e ator.

Isabel Maria Sabino de Farias, Universidade Estadual do Ceará

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com estágio pós-doutoral pela UNB. Licenciada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Professora associada da UECE, vinculada ao Curso de Pedagogia e ao Programa de Pós-Graduação em Educação (Mestrado e Doutorado). Coordenou o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID na UECE (2010 a 02/2014). Vice-presidente Nordeste da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação - ANPEd (2015-2019). Líder do grupo de pesquisa Educação, Cultura Escolar e Sociedade (EDUCAS), onde desenvolve estudos sobre desenvolvimento profissional docente, inovação e docência. Coordena o Observatório sobre Desenvolvimento Profissional e Inovação Pedagógica, iniciativa apoiada pelo OBEDUC/CAPES.

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Publicado

2021-05-05

Como Citar

SILVA OLIVEIRA, W.; BEZERRA DE MELO, C. I.; SABINO DE FARIAS, I. M. . Discursos antigênero e políticas curriculares cearenses: entre tensões e resistências. Práxis Educativa, [S. l.], v. 16, p. 1–26, 2021. DOI: 10.5212/PraxEduc.v.16.15363.054. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/15363. Acesso em: 28 mar. 2024.