Feminismo socialista e pedagogia das mulheres oprimidas: um caminho libertador em tempos de neoliberalismo

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Miriam Furlan Brighente
https://orcid.org/0000-0002-8758-9430

Resumo

Vivemos num sistema capitalista neoliberal que defende o individualismo e a competição e onde as ações humanas são pautadas pela ideologia do livre mercado. Para superar essa lógica opressiva e exploradora, proponho um diálogo entre o feminismo socialista e uma pedagogia das mulheres oprimidas, que é uma alternativa coletiva e cooperativa, forjada com e não para as mulheres. O objetivo desta investigação teórica é estender a teoria de Paulo Freire para incorporar o feminismo socialista e, assim, construir uma educação popular feminista e socialista. Para construir um novo mundo, protestos massivos, mas também trabalho de educação popular, socialista e feminista com pequenos grupos tem se tornado cada vez mais urgente em tempos de neoliberalismo, como as práticas desenvolvidas no Brasil, Canadá, Estados Unidos e Bolívia. É lendo o mundo, ou seja, o conhecimento criado socialmente, e lendo a palavra, o conhecimento sistematizado, que as mulheres podem se tornar críticas de seu contexto e lutar por uma justiça social revolucionária.

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Como Citar
FURLAN BRIGHENTE, M. Feminismo socialista e pedagogia das mulheres oprimidas: um caminho libertador em tempos de neoliberalismo. Olhar de Professor, [S. l.], v. 23, p. 1–15, 2020. DOI: 10.5212/OlharProfr.v.23.2020.16919.209209230242.0924. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/olhardeprofessor/article/view/16923. Acesso em: 18 abr. 2024.
Seção
Caderno temático: A atualidade do Pensamento de Paulo Freire
Biografia do Autor

Miriam Furlan Brighente, Eastern Michigan University

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Mestra em Educação pela PUCPR, com graduação em Psicologia pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). Foi integrante do Grupo de Pesquisa Fundamentos Históricos, Filosóficos e Políticos da Teoria e da Prática Pedagógica em Paulo Freire, na PUCPR, de 2010 a 2016. Atualmente está cursando PhD in Educational Studies no Departamento de Educação de Professores na Eastern Michigan University (EMU), nos Estados Unidos, onde também trabalha com pesquisa e ensino. Faz parte da equipe de planejamento do SEMIS (Southeast Michigan Stewardship Coalition), apoiando a coordenação de eventos de desenvolvimento profissional de professores de Ypsilanti, Ann Arbor e Detroit. É revisora do periódico Journal for Critical Education Policy Studies (JCEPS ) publicado pelo Institute for Education Policy Studies (IEPS) no Reino Unido. Faz parte da The Honor Society of Phi Kappa Phi nos EUA; a adesão é apenas por convite para 10% dos estudantes de mestrado e doutorado que apresentam desempenho acadêmico excelente. Desenvolve pesquisas na área de Filosofia da Educação contemplando, sobretudo, a obra de Paulo Freire e os seguintes temas: corpos interditados na prática pedagógica, educação libertadora, educação de educadores e liberdade e conhecimento. Mais recentemente, tem se interessado por pesquisas sobre feminismo, educação popular e place-based education.