Vozes de professores em formação inicial em relatórios de estágio supervisionado: contribuições dos estudos pragmáticos

Autores

  • Dieysa Kanyela Fossile Universidade Federal do Tocantins
  • Bruno Gomes Pereira Universidade Federal do Tocantins

DOI:

https://doi.org/10.5212/uniletras.v37i2.8064

Palavras-chave:

Palavras-chave, Sociopragmática, Vozes, Estágio Supervisionado.

Resumo

Resumo: Este artigo tem como objetivo analisar a projeção de vozes de professores em formação inicial em relatórios de estágio supervisionado produzidos no contexto acadêmico do curso de Licenciatura em Letras da Universidade Federal do Tocantins. Tais vozes foram identificadas a partir do uso de dêixis e de certos aspectos verbais na produção escrita. Estamos inseridos no campo dos estudos pragmáticos da linguagem, mais especificamente na sociopragmática, corrente de investigação defendida por Jacob Mey (2001). Ao fazermos uso da concepção de “voz” apresentada pelo pesquisador dinamarquês, mobilizamos também alguns pressupostos dos estudos filosóficos bakhtinianos (2003, 2002), tais como a ideia de polifonia, dialogismo e gênero discursivo. A investigação é do tipo documental e de abordagem qualitativa, pois presumimos que os relatórios de estágio, por serem documentos semiotizadores de práticas sociais específicas, podem ser analisados conforme o princípio da interpretabilidade, sendo este uma possibilidade pertinente para captação de seus sentidos. Os dados revelam vozes de professores em formação inicial que direcionam o texto a um perfil reflexivo, próximo do que se espera da escrita de um relatório de estágio. 

Biografia do Autor

Dieysa Kanyela Fossile, Universidade Federal do Tocantins

 

Dieysa Kanyela Fossile

 

Graduada em Letras Licenciatura Plena em Língua Portuguesa pela Universidade da Região de Joinville. Possui mestrado e doutorado em Teoria e Análise Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atualmente, é professora Adjunta II da Universidade Federal do Tocantins (Câmpus de Araguaína) vinculada ao curso de Letras e ao Programa de Pós-Graduação em Letras: Ensino de Língua e Literatura. Coordena o Grupo de Estudos Metafóricos (GEM/UFT) e os projetos de pesquisa: (a) “Regularidade interpretativa: o significado aspectual na interpretação das sentenças metafóricas verbais do PB e do Inglês” e (b) “Livros didáticos de Língua Portuguesa: com o olhar focado no ensino de semântica”. Tem experiência na área da Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: Semântica. Metáfora verbal. (Ir)regularidade interpretativa da metáfora. Tipos combinatórios. Verbo, tempo, aspecto. Linguística e cognição. Também tem interesse em pesquisas que envolvam as seguintes questões: Estudos semânticos e pragmáticos aplicados ao ensino. Metáfora no ensino de língua. Ensino de semântica e pragmática em materiais didáticos para o estudo da Língua Portuguesa. Contato: dieysa@ibest.com.br; dieysafossile@bol.com.br.

 

 

 

Bruno Gomes Pereira, Universidade Federal do Tocantins

Bruno Gomes Pereira, Graduado em Licenciatura Plena em Letras (Língua Portuguesa) pela Universidade do Estado do Pará (UEPA/2011). Especialista em Linguística Aplicada pela Faculdade de Tecnologia Antônio Propício de Aguiar Franco (FAPAF/2011). Mestre em Ensino de Língua e Literatura (Estudos Linguísticos) pela Universidade Federal do Tocantins (UFT/2014) e Doutorando também em Ensino de Língua e Literatura pela mesma instituição. Autor do livro "Autorrepresentações de Alunos-Mestre em Licenciaturas Paraenses: Um Estudo Sistêmico-Funcional" (2014) e organizador, juntamente com outros pesquisadores, das obras "Língua e Literatura: Interfaces com o Ensino" (2015) e "Direito, Educação e Sociedade" (2015). Membro dos grupos de pesquisa: Letramento, Estudos Linguísticos, Ensino e Formação de Professores de Língua Portuguesa (UEPA); Linguística, Educação e Literatura (LELIT/UEPA); Sistêmica Através das Línguas (SAL/PUCSP) e Práticas de Linguagens em Estágios Supervisionados (PLES/UFT). É também integrante do Grupo de Estudos Metafóricos (GEM/UFT) coordenado pela professora Dra Dieysa Kanyela Fossile.

 

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Publicado

2017-03-21

Edição

Seção

Artigos Tema Livre