ANÁLISE DA PENETRAÇÃO DE CLORETOS EM CONCRETO AUTOADENSÁVEL COM CINZA DO BAGAÇO DA CANA DE AÇUCAR, SÍLICA E FILER CALCÁRIO

Autores

  • Marina Pietrobon UEM
  • Hugo Sefrian Peinado Prof., M.Sc., Universidade Estadual de Maringá
  • Romel Dias Vanderlei Prof. Dr., Universidade Estadual de Maringá

Resumo

No estudo da durabilidade de estruturas de edificações, o concreto autoadensável (CAA) tem ganhado grande relevância e tem sido tratado pela literatura técnica e científica como uma evolução na tecnologia do concreto. Por empregar finos em sua composição, o CAA potencializa a utilização de resíduos de outras indústrias, tais como a cinza do bagaço da cana de açúcar (CBC), e de adições minerais, como filer calcário e sílica ativa. A incorporação de agregados mais finos ou adições minerais leva à diminuição na distribuição do volume de poros na matriz cimentícia, podendo resultar na redução significativa da penetração de íons cloreto. Nesse contexto, constitui-se como objetivo da presente pesquisa avaliar a resistência à penetração de cloretos em concreto autoadensável (CAA) com substituição parcial do agregado miúdo por cinza do bagaço da cana de açúcar (CBC) e adição de filer calcário e sílica ativa. Para tanto, foram feitas quatro dosagens de concreto autoadensável, são essas: 1) CAA + CBC em substituição parcial à areia, sem adição de finos; 2) CAA + CBC + filer calcário, sendo a brita empregada suja (com pó de pedra); 3) CAA+ CBC + filer calcário + brita lavada (sem pós de pedra); 4) CAA + CBC + sílica ativa; e, posteriormente, deu-se a análise da penetração de cloretos nos CPs por meio de aspersão de Nitrato de Prata. Conforme observado no estudo, houve maior penetração de cloreto nos corpos de prova de CAA sem a adição de finos. Em seguida, teve-se o CAA com 30% de filer brita lavada. O CAA 30% filer brita suja apresentou desempenho um pouco melhor que o CAA com brita lavada em relação à proteção contra penetração de cloretos. Por fim, identificou-se que o melhor desempenho quanto à proteção frente aos cloretos foi observado no CAA 5% sílica.

Biografia do Autor

Hugo Sefrian Peinado, Prof., M.Sc., Universidade Estadual de Maringá

Engenheiro Civil formado pela Universidade Estadual de Maringá. Atualmente é Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana (PEU/UEM).

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Publicado

2018-08-07

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Seção

Artigos