ASPECTOS CONJUNTURAIS DA POLÍTICA BRASILEIRA: a relaÇÃo entre eleitores e candidatos

Autores

  • Daniela Benato Zanoni Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG
  • Luiz Rodrigues Wambier

DOI:

https://doi.org/10.5212/publ.humanas.v13i1.536

Palavras-chave:

cultura política, democratização, processos eleitorais, múltiplos determinantes

Resumo

A conquista da democracia no Brasil, legitimada através da Constituição de 1988, significou o crescimento da autonomia popular no que se refere a questões políticas e à escolha dos governantes através do voto direto, e foi sem dúvida um grande passo no que tange à soberania e à liberdade popular. No entanto, a nossa tão aclamada democratização foi implementada em um país cuja cultura política é arraigada no escravismo, no patrimonialismo, no coronelismo, ou seja, temos um arcabouço histórico-político bastante conturbado, onde burlar leis, normas, fraudar eleições, comprar votos são coisas que sempre ocorreram com uma certa naturalidade. O período de eleição ainda é visto por alguns como o momento no qual se tem a oportunidade de obter favores ou algo material em troca do voto. Além disso, ainda podemos observar que muitos eleitores votam sem ao menos ter conhecimento da função inerente a cada cargo público, como por exemplo, a função de um Deputado Federal ou de um Senador. A escolha de um eleitor de votar em um determinado candidato ou não, pode ser influenciada pela igreja, escola, mídia, família, por promessas de campanha, pelo carisma do candidato ou ainda pelas condições de vida em que se encontra esse eleitor. São múltiplos os determinantes capazes de nortear o voto, e nosso estudo trata justamente desses aspectos. Este artigo começa recapitulando um pouco da nossa cultura política e da democratização do país, ou seja, a base na qual repousa o nosso Brasil de hoje.

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