A RELAÇÃO ENTRE AS ATITUDES BELAS E MORAIS

Autores

  • Maria R Palazón Mayoral Universidade Autônoma do México (UNAM)
  • Rodrigo Czajka Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.5212/publ.humanas.v10i1.18

Palavras-chave:

Filosofia moderna, estética, moral, kantismo

Resumo

Em princípio não existe nenhum texto a-moral, mesmo que a amoralidade possa ser assim descrita: um autor amoral não ousaria na busca da beleza; ela depende de um jogo das faculdades que, também, jogam conforme uma regra. Um texto literário moralizante não é resultado de um jogo de faculdades do autor, mas advém somente da consciência do mesmo. Assim, a reação desse autor torna-se não-bela. Assaltos literários imorais e não-belos de um texto são regidos de uma maneira redundante e calculada por uma moral que governa a favor do “proibido”. Logo, não é um texto belo. A função estética é essa que trata o estímulo como um fim e não somente como meio. Este comportamento espontâneo é condição da possibilidade para o ato moral (exemplo de um seguidor do segundo imperativo kantiano). Esse autor que possui uma atitude espontânea e que considera o outro (alteridade) como um fim e não somente como um meio, é uma pessoa bela. Mas mesmo assim ela ainda não é uma pessoa moralmente boa. Em todo o caso, o termo “beleza” em sua etimologia latina (bellum) significa bom, e que envolve um projeto moral que esteja dialogando realmente com os interesses coletivos. Significa também na decisão de usar os meios apropriados para este objetivo. Uma vez aceito este projeto, o indivíduo agirá espontaneamente de uma maneira burlesca, de modo que o projeto lúdico possa se tornar real. Será, então, uma pessoa bela e de uma bondade espontânea a ponto de superar todas as experiências negativas que o marcaram. A pergunta: é a beleza moral o ponto o mais elevado do moralidade? Eu trabalharei este problema com base em Schiller, Kant, Gadamer e Sartre.

Publicado

2008-12-18

Edição

Seção

Artigos