POLISSACARÍDEOS DE FRUTOS DO CAMBUÍ (MYRCIARIA TENELLA, BERG)

Autores

  • Lúcia Cristina Vriesmann
  • Carmen Lúcia de Oliveira Petkowski
  • Paulo Irajara Borba Carneiro
  • Eliana Beleski Borba Carneiro

DOI:

https://doi.org/10.5212/publicatio.v10i03.836

Resumo

Após inativação enzimática e remoção de lipídeos (33 %), os frutos triturados de cambuí (Myrciaria tenella) foram submetidos a extrações seqüenciais com água (25 °C), EDTA 2 % (25 °C), Na2CO3 50 mmol.L-1 (6 °C e 25 °C) e KOH 2 mol.L-1 (25 °C). Os polissacarídeos provenientes das diferentes extrações foram caracterizados quanto à composição de açúcares neutros e teor de açúcares ácidos. Os altos teores de ácidos urônicos, arabinose e galactose observados para as frações extraídas com água, EDTA e Na2CO3, indicam que estas são constituídas por pectinas, sendo a fração aquosa a de maior rendimento. Os extratores EDTA e água solubilizaram principalmente substâncias pécticas da lamela média, pois o alto teor de ácidos urônicos em ambas as frações é consistente com a presença de polissacarídeos essencialmente lineares. Porém, as pectinas extraídas com Na2CO3 apresentam alta razão de açúcares neutros para ácido galacturônico, indicando tratarse de polissacarídeos altamente ramificados, usualmente em ligações covalentes cruzadas com a parede celular. Os resultados indicam que o método de extração utilizado foi eficiente no fracionamento das pectinas de diferentes domínios da parede celular. A extração alcalina removeu hemicelulose, cuja composição monossacarídica sugere a presença de arabinoxilana.

Palavras-chave: cambuí, Myrciaria tenella, pectinas, polissacarídeos

Downloads

Edição

Seção

Artigos