USO POPULAR DAS PLANTAS MEDICINAIS NO ASSENTAMENTO GUANABARA, IMBAÚ-PR

Autores

  • Vivieny Nogueira Visbiski
  • Pedro Henrique Weirich Neto
  • Adriano Lima dos Santos

DOI:

https://doi.org/10.5212/publicatio.v9i01.790

Resumo

Entre os movimentos sociais que lutam pela Reforma agrária no Brasil, destaca-se o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que alcançou repercussão internacional. Um dos desafios enfrentados pelo MST é a questão de gênero. A partir dessa preocupação surgiu, entre as mulheres do assentamento Guanabara (Município de Imbaú – PR), a idéia de realizar um trabalho com plantas medicinais, sendo então constatada a necessidade de um levantamento do uso. Não foi elaborado um questionário específico, por considerarmos que essa metodologia é extrativa e limitaria a discussão. As principais doenças que ocorrem no assentamento são problemas respiratórios, gastrointestinais e reumatismo. Os assentados não utilizam práticas preventivas. As práticas de cura das doenças envolvem a utilização de medicamentos alopáticos e de remédios caseiros a partir de plantas, animais e também benzimentos. O levantamento mostrou a utilização de 30 espécies de plantas, pertencentes às famílias botânicas Asteraceae, Lamiaceae, Verbenaceae, Rutaceae, Malvaceae, Polypodiaceae, Phytolaccaceae, Lythraceae, Polygonaceae e Fabaceae. A maior parte das plantas é utilizada pelos assentados para fins terapêuticos que correspondem aos apontados por resultados de pesquisas. Quando não há correspondência, isso não significa apenas que os assentados estão utilizando as plantas de forma incorreta, mas que há necessidade de novas pesquisas.

Palavras-chave: plantas medicinais, uso popular, assentamento.

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