VILA VELHA, PR – RESULTADO DO TRABALHO DO VENTO?

Autores

  • Mário Sérgio de Melo Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG

DOI:

https://doi.org/10.5212/publicatio.v8i01.761

Resumo

Vila Velha constitui marcante exemplo de relevo ruiniforme, desenvolvido sobre o Arenito Vila Velha (Carbonífero Superior da Bacia do Paraná). Lapiés, juntas poligonais, caneluras, pequenos túneis anastomosados, escavações alveolares erosivas, superfícies côncavas basais e fraturas preenchidas com óxidos de ferro e manganês são algumas das feições mais comuns no local. A textura e porosidade da rocha, a cimentação por óxidos de ferro e manganês, as fraturas verticais ou suborizontais, a posição topográfica atual do platô arenítico, a insolação diferencial, a ação das águas das chuvas e de organismos são os principais fatores naturais controladores da erosão que modela os arenitos. Embora não se conheçam evidências de que o relevo ruiniforme de Vila Velha resulte de trabalho erosivo do vento, tanto a literatura leiga quanto a especializada têm consagrado a informação equivocada de que as feições ruiniformes constituem resultado do trabalho erosivo do vento. verdade resultam da combinação de outros fatores e processos. É o caso das formas colunares alargadas no topo e adelgaçadas na base, que resultam da erosão diferencial dos níveis de arenito com cimentação variável. É também o caso das bases côncavas de muitos paredões rochosos, que são devidas tanto à erosão diferencial quanto à ressurgência de águas de infiltração e água capilar ascendente do solo saturado.

Palavras-chave: relevo ruiniforme; Arenito Vila Velha; erosão eólica; erosão pluvial

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