Avaliação de parâmetros ultrassônicos em aços inoxidáveis expostos a ciclos isotérmicos

Autores

  • Cláudia Teresa Teles Farias IFBA
  • Teodorio A. S. de Oliveira IFBA
  • Maria Doroteia Costa Sobral Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia
  • Moisés Araújo Oliveira IFBA
  • Ygor Tadeu Bispo dos Santos IFBA

DOI:

https://doi.org/10.5212/publicatio.v18i2.5321

Palavras-chave:

Aço Duplex, Aço Austenítico, Atenuação, Ensaio Ultrassônico.

Resumo

Os aços inoxidáveis duplex e austeníticos apresentam excelentes propriedades mecânicas e resistência a corrosão, sendo amplamente utilizados em plantas químicas e petroquímicas. Entretanto, quando submetidos a altas temperaturas de serviço, como processo de soldagem, pode ocorrer variação das propriedades mecânicas em função da precipitação de fases secundárias que são responsáveis pela fragilização do material e diminuição da resistência a corrosão, além do fenômeno da sensitização. Técnicas não destrutivas são utilizadas na inspeção de equipamentos e podem ser aplicadas na avaliação de materiais quanto ao surgimento e a evolução de falhas decorrentes de alterações microestruturais. Dentre as técnicas não destrutivas, a ultrassônica é uma das mais empregadas na inspeção industrial para identificação e caracterização de materiais, tais como, a determinação de atenuação sônica, constantes elásticas, corrosão, tensões residuais, entre outras. Por apresentarem uma estrutura anisotrópica, a microestrutura destes aços inoxidáveis é responsável pela variação da atenuação e velocidades ultrassônicas às quais estão relacionadas ao tamanho e orientação dos grãos, respectivamente. Este trabalho tem como objetivo principal o estudo da influência da temperatura em corpos de prova em aços inoxidáveis com o intuito de correlacionar a atenuação sônica com a variação do tamanho do grão, para o aço austenítico AISI 316L, e a precipitação de fases secundárias, para o aço duplex UNS S31803, uma vez que a correlação do tamanho do grão com a atenuação para este último aço, não apresentou variações significantes. O parâmetro ultrassônico de atenuação em função da frequência mostrou-se uma ferramenta útil para avaliar as transformações microestruturais das amostras em aço inoxidável austenítico 316L e duplex UNS S31803. O procedimento experimental utilizado para a determinação das velocidades sônica transversal e longitudinal foi satisfatório quanto aos resultados encontrados, ao serem confrontados com os teóricos. Para os aços austeníticos foi verificado que a atenuação mostrou-se dependente do tamanho do grão. Em relação as amostras em duplex, não houve correlação do tamanho de grão com a atenuação, provavelmente há variações insignificantes quanto ao diâmetro médio do grão da austenita. A redução do tamanho de grão austenítico foi devida ao aumento da fase ferrítica, onde são precipitadas as fases secundárias responsáveis pelo aumento da dureza detectada pelo ensaio Vickers. 

Biografia do Autor

Maria Doroteia Costa Sobral, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia

Departamento de Tecnologia Mecânica e Materiais

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Publicado

2013-10-30

Edição

Seção

Artigos